Eficácia dos Anticorpos Monoclonais em Pacientes com Diabetes Mellitus

Desenvolvido por: Lecia Queroz
Publicado: 16/05/2025

A eficácia dos anticorpos monoclonais em pacientes com diabetes pode variar dependendo do tipo de anticorpo e da condição específica sendo tratada. Anticorpos monoclonais têm sido usados ​​em algumas terapias para diabetes tipo 2, causando redução da resistência à insulina ou modulação do sistema imunológico. Estudos mostram que, em alguns casos, esses tratamentos podem melhorar o controle glicêmico e reduzir complicações associadas ao diabetes. No entanto, a resposta ao tratamento pode ser individual e deve ser avaliada por um profissional de saúde.

Os anticorpos monoclonais foram treinados no tratamento do diabetes, especialmente no diabetes tipo 1 e em algumas complicações do diabetes tipo 2. Eles podem atuar de diversas maneiras, como:

Redução da inflamação algumas anticorpos monoclonais podem ajudar a reduzir a inflamação associada à resistência à insulina e ao diabetes tipo 2. Modulação do sistema imunológico: No diabetes tipo 1, que é uma doença autoimune, as anticorpos monoclonais podem ser usadas para modular a resposta imunológica e preservar as células beta do pâncreas, o tratamento de complicações: Anticorpos monoclonais podem ser usados ​​para tratar complicações do diabetes, como doenças cardiovasculares e neuropatias.

Embora ainda sejam áreas de pesquisa, o uso de anticorpos monoclonais oferece novas perspectivas no manejo do diabetes e suas complicações.

PCSK9 (Proproteína Convertase Subtilisina/Kexina Tipo 9) é uma proteína que regula os níveis de colesterol no sangue, e seu inibidor de anticorpos monoclonais foi desenvolvido principalmente para o tratamento de hipercolesterolemia.

Em relação ao diabetes, uma pesquisa sobre a relação entre PCSK9 e o controle glicêmico ainda está em desenvolvimento. Anticorpos monoclonais que inibem PCSK9 podem ter efeitos indiretos na resistência à insulina e no metabolismo lipídico, mas mais estudos são necessários para entender completamente essa interação. Com o inibidor da PCSK9 ajuda o colesterol voltar para o fígado e ajudar o paciente com colesterol e o fígado metabolizar.

Figura 1. Ciclo do Inibidor PCSK9

Podemos verificar que o anticorpo monoclonal anti-CD3 murino ou OKT-3 é um anticorpo utilizado em tratamentos para evitar a infecção em transplantes, seu uso tem grandes efeitos que são muito significativos e importantes na relação à produção e regulação de insulina, principalmente pela participação na resposta imune em condições diabéticas. Verificamos alguns estudos científicos que o OKT-3 pode ter a capacidade de reverter essa doença para induzir a tolerância autoimune, principalmente quando o diagnóstico da doença é feito precocemente. Um estudo recentemente foi relatado que a administração oral do OKT-3 em seres humanos induziu um efeito imunológico dose-dependente nas células T e células dendríticas. Podemos verificar segundo os autores que a administração oral do OKT-3 é segura e biologicamente ativa em seres humanos, abrindo assim uma porta para tratamentos de doenças autoimunes e criando avanço no tratamento para estes pacientes.

Segundo alguns pesquisadores reunidos experimentalmente, o uso deste medicamento também tem resultados demonstrados. Um tratamento com anticorpo monoclonal anti-CD3 em camundongos não obesos.

Os diabéticos espontaneamente (NOD) iniciam significativamente o processo autoimune. Em fêmeas NOD adultas, dentro de 7 dias do início do diabetes, o mesmo regime anti-CD3 induziu uma remissão completa da doença em 64-80% dos camundongos.

Já em outros estudos comprovamos que o uso do anticorpo monoclonal anti-CD3 resulta na modulação transitória e parcial do complexo TCR-CD3, induzindo a remissão da doença em camundongos diabéticos.